'Hackfest': oito equipes dão início à competição para criação de aplicativos no combate à corrupção
Divididos em oito equipes, os cerca de 60 estudantes que participam do 'Hackfest Contra a Corrupção', que acontece nas dependências da sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB) em Campina Grande, deram início na manhã deste sábado à competição em que o principal objetivo é o desenvolvimento de aplicativos contra o mau uso do dinheiro público. O evento se encerrará às 20h deste domingo (21).
Uma comissão técnica irá avaliar os trabalhos – além de uma votação geral entre os participantes – e apontará as equipes vencedoras. Serão entregues troféus para os primeiro e segundo lugares e para a equipe mais criativa. “Formalmente há uma competição, mas, na verdade, o que existe é um espírito colaborativo entre os estudantes. E o nosso melhor produto será reunir mais de 50 pessoas num prédio público para criarmos ferramentas de combate à corrupção”, avalia o professor João Arthur, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e dos coordenadores do evento.
O evento, promovido pelo Ministério Público paraibano, em parceria com a UFCG e com a Rede Paraíba de Comunicação (Jornal da Paraíba), está acontecendo na sede do Complexo do Ministério Público em Campina Grande até as 20h deste domingo (21). Nos três dias do evento, cerca de 60 estudantes de cursos de Ciência da Computação (ou áreas afins), Direito, Design ou Arte e Mídia participam da competição.
O 'Hackfest', também chamado de hack day ou codefest, é uma maratona de programação na qual hackers se reúnem por longos períodos, com o objetivo de explorar dados abertos, desvendar códigos e sistemas lógicos, além de discutir novas ideias e desenvolver projetos de software ou até mesmo de hardware. Por ser um evento público, a maratona dá visibilidade e transparência a essas atividades, além de divulgar os novos produtos gerados.
O 'Hackfest Contra a Corrupção' está sendo realizado por meio do Núcleo de Gestão do Conhecimento do MPPB e com o apoio da Associação Paraibana do Ministério Público (APMP). A parceria do Ministério Público da Paraíba é com o Laboratório Analytics, do Departamento de Sistema e Computação, do Curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e com o Jornal da Paraíba.
As equipes da competição
# Ficha Limpa – Pretende criar dispositivo que irá ajudar a população na escolha de seus representantes, propondo uma ferramenta que mostre os políticos com ficha limpa.
# Topa Tudo – A principal intenção da equipe é, por meio de análise de dados de licitações, encontrar empresas potencialmente corruptas, que fornecem serviços incompatíveis com a sua competência ou de competências muito divergentes.
# Corruptômetro – Vai medir a propensão de políticos ou empresas de se tornarem corruptos, baseado em casos conhecidos de corrupção de políticos e empresas.
# Obras GO – A proposta é “capturar” obras públicas para saber se foram realizadas ou não.
# Como Estou? – Será levantado o perfil dos vereadores que atuam na Câmara Municipal de Campina Grande e produzir um ranking levando-se em conta a produção legislativa desses parlamentares.
# Cartão Fidelidade – A proposta dessa equipe é mostrar as empresas que fecham “contrato” com partidos políticos e depois são recompensadas nas gestões públicas.
# Enquadrados – Identificar o número de servidores (efetivos, temporários, comissionados etc.) por metro quadrado das Câmaras Municipais e das Prefeituras de todo o país, em especial na Paraíba.
# Será Dubai?!! – Comparar os gastos das gestões públicas com os tipos de obras que executam, levando-se em conta o metro quadrado.