Projeto Refletir inicia novas turmas em João Pessoa

O Ministério Público da Paraíba deu início, nessas segunda e terça-feira (18 e 19), às novas turmas do projeto Refletir. O projeto é realizado pelo Centro de Apoio Operacional da Cidadania e Direitos Fundamentais com o objetivo de focar na possibilidade de mudança e na transformação de homens envolvidos em situação de violência doméstica.

Participam das oficinas 13 homens divididos em duas turmas, uma às segundas e outra às terças-feiras. Conforme explicou a promotora de Justiça Dulcerita Alves Soares, os homens que estão participando do projeto foram selecionados pelo Ministério Público e encaminhados ao CAO da Cidadania e Direitos Fundamentais.

A promotora explicou que, na seleção dos participantes, um dos critérios adotados é a permanência do vínculo com a companheira. “Vemos essa questão do vínculo com a família. Queremos que os homens reflitam sobre seu comportamento e entendam o que é a violência para, dessa forma, fortalecer esse vínculo”, disse.

Ao todo são realizadas 10 oficinas com rodas de conversas, apresentações de filmes, realização de dinâmicas e estímulo à reflexão e compartilhamento de experiências, tendo como facilitadoras estudantes de Psicologia do Unipê. Durante os encontros, são discutidas questões de gênero, tipos de violência, a importância do diálogo, entre outros.

Através de uma parceria com o Curso de Psicologia do Unipê, atuam como facilitadoras as estudantes Emanuelle Souto Maior, Luana Antero e Hodileya Costa, no grupo da segunda-feira; e Tainá Maia e Maressa Costa, e a advogada Marília Carvalho, no grupo da terça-feira. As alunas estão sob a coordenação da professora Leda Maia.

A coordenadora do CAO da Cidadania e Direitos Fundamentais, promotora Elaine Cristina Alencar, ressaltou que o projeto foi estruturado com base na atividade realizada pelo Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Namvid), do Ministério público do Rio Grande do Norte.

Após a participação, os homens ganham uma declaração que levam para o processo. Além disso, o Ministério Público também informa ao juiz a participação deles no projeto Refletir. Conforme a promotora Dulcerita Alves, essa participação pode ser levada em consideração pelo juiz na hora de prolatar a sentença.

O projeto Refletir teve início no ano passado. Além de João Pessoa, também foram promovidas oficinas em Campina Grande e Patos.