Promotoria realiza campanha de solidariedade para o Natal, em João Pessoa
A Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania e dos Direitos Fundamentais de João Pessoa está realizando a campanha ‘MP Solidário: Natal do Vulnerável’, com o objetivo de incentivar as pessoas a ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade e idosos em instituições de longa permanência.
De acordo com a promotora de Justiça Sônia Maria de Paula Maia, que atua na defesa do cidadão e do idoso, a campanha, durante esse período de pandemia, visa despertar atitudes para formação de uma corrente do bem. “Durante os festejos natalinos, crianças, adolescentes e adultos são agraciados com presentes envoltos em papel colorido, recebem afagos e manifestações de carinho e atenção, de seus familiares e amigos, entretanto, alguns seres humanos, filhos do mesmo Pai Celestial, são esquecidos, olvidados, como se invisíveis fossem, desprovidos do amparo e da assistência social, imprescindíveis a uma vida com dignidade”, destaca.
A promotora destaca que as pessoas podem fazer suas doações no Serviço Social dos hospitais filantrópicos, nas Instituições de Longa Permanência para Idosos, bem como, fazerem a entrega dos produtos arrecadados, no instituto São José, que se encarregará de distribuir os donativos com as pessoas carentes.
Como ajudar
De acordo com Sônia Maia, as pessoas interessadas em participar da campanha podem levar a um dos pontos de arrecadação cestas básicas (gêneros alimentícios de primeira necessidade), roupas (camisas, blusas, vestidos, calças compridas masculinas e femininas), calçados (sapatos, tênis, sandálias), cobertores, colchão, travesseiros, entre outros.
Também podem levar material de higiene corporal (álcool em gel, máscaras, sabonetes, shampoos, colônias, escovas, pastas de dentes, pentes, toalhas, etc), material de higiene para o lar (produtos para limpeza ) Brinquedos (meninas e meninos), panetones, biscoitos, bolachas, leite integral e solúvel, etc. fraldas descartáveis (geriátricas, médias e infantis) medicamentos e alimentação enteral e nutricional
Pontos de arrecadação
Hospitais filantrópicos
1- Instituto São José / Hospital Padre Zé - Praça Dom Adauto,117- Centro.
2- Hospital Padre Zé - Av Desembargador Botto de Menezes, 657 - Tambiá.
3- Hospital Laureano -Av. Cap. José Pessoa, 1140 - Jaguaribe, João Pessoa
4- Hospital Santa Isabel - Praça Caldas Brandão, S/N - Tambiá.
5- Hospital São Vicente de Paulo -Av. João Machado, 1234 - Centro.
6- Hospital Clementino Frag - Estér Borges Bastos, s/n - Jaguaribe.
Instituições
1- Aspan (Associação Promocional do Ancião Dr. João Meira de Menezes) - R. Antônio Correa de Matos, 55 - Cristo Redentor, João Pessoa.
2- Vila Vicentina Júlia Freire - Endereço: R. Etelvina Macedo de Mendonça, 327 - Torre, João Pessoa.
3- Lar da Providência Carneiro da Cunha - Endereço: Av. Santa Catarina, 5 - Estados, João Pessoa.
4- Casa da Divina Misericórdia – Endereço: Rua Zélia Medeiros de Araújo, 127 – Bancários, João Pessoa.
5- Instituição Espírita Nosso Lar - Endereço: Praça Abdon Milanez, 115 - Castelo Branco, João Pessoa.
Solidariedade
A promotora destaca a importância da solidariedade neste período e diante da desigualdade social presente. “Que os corações se enterneçam ante o olhar faminto de uma criança, - brasileira ou venezuelana, não importa a sua nação de origem -, de rosto lambuzado, pé no chão, porque não tem uma sandália, e sem camisa, que não vai à escola porque na comunidade onde mora não existem escolas públicas; que enfrenta o sol e a chuva, em via pública e nos semáforos, pedindo um trocado para comprar comida porque tem fome e ainda tenta explicar, que está pedindo um auxílio porque o pai e a mãe estão desempregados. São os órfãos ou filhos de pais desconhecidos, que nunca tiveram o direito de tomar uma coca-cola, saborear um pedaço de pizza, comer um hambúrguer, se deliciar com um panetone recheado de chocolate...Filhos da pobreza e da desigualdade social”.
Ainda de acordo com a promotora, no contexto de vulnerabilidade social, muitas pessoas estão sem emprego, sem moradia, vivendo de biscates, da reciclagem, sobrevivendo com as transferências de renda, morando em condições indignas, em comunidades da periferia da Capital, locais inóspitos e insalubres, em barracos de tábua, cobertos com lonas, sem água, sem luz, sem saneamento básico.
“Não podemos também olvidar, as pessoas que vivem em situação de rua. Alguns, porque perderam o referencial familiar ou, enveredaram pelo mundo das drogas, e vivem nas ruas, na invisibilidade, porque já acalentam o único lenitivo do ser vivo: a esperança do porvir. Se ocultando diante a indiferença e a repulsa de outros seres humanos que fingem não vê-los, mesmo que alguns estejam com o rosto semicoberto pela máscara, imposição da pandemia causada pelo novo Coronavírus, porque são maltrapilhos, não estão higienizados e cheiram mal. Eles também sentem fome, frio, sede, tem necessidades”, disse.
Apelo
A promotora faz um apelo ainda para a solidariedade com as pessoas doentes. “São portadores de doenças de natureza grave (neoplasias malignas, cardiopatias, doenças renais, etc.), que padecem em seus lares humildes, e que não tem condições de adquirir os medicamentos e a alimentação proteica que lhe são vitais ou, que estão internados na condição de indigentes, sem família nem acompanhante”.
Além disso, existem os idosos que encontram-se nos abrigos, porque não tem condições de prover a própria subsistência, não tem família, ou, se as tem, foram abandonados pelos parentes. “Alguns sofreram negligência material e afetiva, violência física, moral, psicológica ou patrimonial e, como medida de proteção, foram institucionalizados nas entidades filantrópicas que prestam serviços de atendimento ao idoso, na modalidade de longa permanência, em virtude da inexistência de instituição governamental no Município de João Pessoa”, complementa.
“Conclamo os gestores públicos, (Municipal e Estadual), os paraibanos, pessoenses, grupos voluntários da sociedade civil e pastoral, e até mesmo os visitantes (brasileiros e/ou estrangeiros), que nesse final do ano se deslocam até à Capital Paraibana para os festejos natalinos e as merecidas férias, a se irmanarem fraternalmente em comemoração ao nascimento do Menino Jesus. Que esse sentimento de amor ao próximo, de solidadriedade e fraternidade cristã, não se restrinja apenas ao período natalino. Que tenhamos atitudes nobres. Há uma população vulnerável que necessita de ajuda; de doações, quer sejam materiais ou afetivas”, conclui a promotora Sônia Maia.
*Fotos de idosos tiradas durante visitas feitas pela promotora antes da pandemia.