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MPPB, MPF e TJPB firmam parceria para capacitação sobre intolerância religiosa

MPPB, MPF e TJPB firmam parceria para capacitação sobre intolerância religiosa

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) participou, junto com o Ministério Público Federal e outras instituições, de uma reunião promovida pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJPB) para tratar da temática da intolerância religiosa e de ações de capacitação sobre o assunto no Sistema de Justiça. 

A instituição foi representada pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional em matéria de cidadania e direitos fundamentais (CAO Cidadania), que também coordena o Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir), a promotora de Justiça Anne Emanuelle Malheros. 

O encontro, que aconteceu na última terça-feira (9/12), foi presidido pelo desembargador Fred Coutinho. Na ocasião, foi firmada a proposta de articulação entre as instituições para promover formação destinada a magistrados, servidores e membros do Ministério Público, por meio da Escola Superior da Magistratura. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre religiões de matrizes africana, asiática e outras tradições religiosas, garantindo um atendimento mais humanizado e o respeito aos direitos civis, tributários e previdenciários desses grupos.

O desembargador Fred Coutinho declarou que foi uma reunião muito positiva, em que o Judiciário, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual firmaram parcerias para discutir a intolerância religiosa. "É uma temática atualizadíssima e precisamos de capacitação. Uma capacitação generalizada de todos que fazem o sistema de justiça. Da nossa parte, o compromisso foi disponibilizar a Escola Superior da Magistratura para, juntamente com as instituições, oferecer esse curso e essa capacitação. Agradeço a parceria que firmamos aqui no Polo da Cidadania”.

A promotora de justiça Anne Emanuele Malheiros Costa ressaltou a necessidade de um olhar mais sensível por parte do sistema de justiça. “A necessidade é que, enquanto sistema de justiça, tenhamos um olhar mais humanizado e aberto em relação a religiões de matrizes africana e asiática. É preciso capacitar para compreender rituais e origens, pois muitas vezes o sistema de justiça não está pronto para analisar corretamente. Há necessidade de letramento para todos nós”.

Já a procuradora do MPF, Janaína Andrade de Souza, esclareceu a amplitude da pauta e os próximos passos. “O Brasil é um Estado laico desde 1891, e movimentos sociais têm demandado maior respeito às religiões que não se baseiam no catolicismo ou nas vertentes evangélicas. Representantes de budistas, de religiões de matriz africana e da comunidade cigana pedem que seus direitos sejam respeitados, tanto na área tributária e previdenciária quanto nos direitos civis. Hoje foi proveitoso: o presidente se mostrou totalmente aberto e fará uma proposição à Escola Superior da Magistratura para, juntamente com o Ministério Público Estadual e Federal e também a Igreja Católica, realizar um curso de letramento setorizado e regionalizado na região metropolitana de João Pessoa, em Campina Grande e em localidades como Souza. Essa pauta é importante para garantir inclusão e o acesso da população à justiça. Amanhã, no evento de direitos humanos, teremos uma resposta à sociedade de que o sistema de justiça é a favor da liberdade e religiosa”.

Como desdobramento da reunião, as instituições darão início ao planejamento do curso, com formato setorizado e regionalizado, e à definição do cronograma de capacitações voltadas a magistrados, servidores e membros do Ministério Público, com o propósito de promover maior proteção aos direitos e ampliar a acessibilidade do sistema de justiça frente à diversidade religiosa.

Com Ascom/TJPB

Fotos: Ednaldo Araújo

 

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