Promotoria de Defesa da Saúde realiza diligência no Hospital de Trauma de João Pessoa
A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Saúde de João Pessoa, do Ministério Público da Paraíba (MPPB), realizou na última quarta-feira (30) uma diligência no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Humberto Lucena, na capital paraibana.
De acordo com a promotora de Justiça Maria das Graças Santos, a diligência teve como finalidade verificar in loco as condições de funcionamento do hospital, após denúncias de déficit no número de anestesiologistas que atualmente compõem o quadro da unidade hospitalar.
Na diligência, a promotora solicitou ao diretor técnico do hospital, o médico Edvan Benevides de Freitas Júnior, o encaminhamento à Promotoria de Justiça da Saúde, no prazo máximo de cinco dias, da escala atual e retroativa ao mês de junho de 2014 dos anestesiologistas plantonistas do Centro Cirúrgico e da UTI móvel, tendo em vista que, no dia 10 de junho, foi rescindido o contrato firmado com a Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest-PB), em atendimento a uma recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A promotora solicitou também uma cópia dos prontuários das cirurgias realizadas na unidade do mês de junho até a presente data, possibilitando, com isso, a comprovação das equipes médicas que se fizeram presentes aos procedimentos. Além da relação contendo o nome dos anestesiologistas ligados à Coopanest-PB que compunham a equipe desligada do Hospital de Emergência e Trauma.
O diretor Edvan Benevides se comprometeu em remeter os documentos no prazo assinalado pela promotora de Justiça, fazendo questão de enfatizar que há uma dificuldade na contratação individual e temporária de médicos anestesiologistas, pois a maioria dos profissionais já possui dois vínculos públicos e, mesmo os que não possuem, se recusam a aceitar o contrato oferecido pelo hospital.
Edvan Benevides argumentou ainda que, com a contratação de pelo menos de 26 a 28 médicos anestesistas, conseguiria completar a escala de plantões. Atualmente há uma dificuldade em se elaborar uma escala por período superior a sete dias.