Promotoria da Saúde de JP discute estratégias de prevenção e criação de barreiras aos vírus Ebola e Chikumgunya
A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Saúde de João Pessoa realizou, na última quinta-feira (20), audiência para discutir as estratégias de prevenção e criação de barreiras aos vírus Ebola e Chikumgunya no Estado da Paraíba.
A audiência, presidida pela promotora de Justiça Maria das Graças Azevedo, contou com a presença da diretora geral do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, Adriana de Melo Teixeira; Chefe Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do paciente do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Nadja de Azevêdo Corrêia e a representante da Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Márcia Virgínia de Oliveira
Na audiência, as representantes do Hospital Universitário informaram que o Hospital Clementino Fraga foi definido como único hospital referenciado para atender eventuais pacientes de Ebola na Paraíba.
Para a diretora geral do Clementino Fraga, Adriana Teixeira, que esteve recentemente em Brasília a fim de apresentar um projeto para obter recursos com a finalidade de adaptar ambientes próprios para receber eventuais pacientes diagnosticados com Ebola, disse que o projeto foi feito para criação de três leitos com todos os padrões exigidos pela Vigilância Sanitária, inclusive com o isolamento das demais áreas do hospital, mas infelizmente não recebeu o apoio necessário do Ministério da Saúde. “Apesar disso o projeto será encaminhado para a Secretaria Estadual de Saúde para verificar a possibilidade de custear esta implantação com recursos próprios”, argumentou Adriana.
Ela informou também que existe um leito específico para essa finalidade no Hospital Clementino Fraga com equipe formada e sendo capacitada para atender a estes tipos de casos e que já foi criado o plano de contingência e Protocolo de Atendimento dos pacientes vitimados por Ebola. Explicou também que o Hospital ainda não possui a estrutura ideal, mas que tem sido feito o possível para tanto, dentro dos recursos disponíveis.
A diretora disse ainda que o Hospital ainda não possui a estrutura ideal mas que tem sido feito o possível para tanto dentro dos recursos disponíveis. Também está sendo discutido no hospital Clementino Fraga um treinamento para a capacitação dos profissionais, principalmente em relação ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual, que estão sendo providenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Adriana Teixeira informou também que, ao todo, são 33 profissionais das mais diversas áreas envolvidas na questão do Vírus Ebola e que a Anvisa está fazendo treinamento tanto no aeroporto quanto no porto. Ela afirmou ainda que há uma possibilidade em discussão de que o Hospital de Guarnição Militar atue como retaguarda para o Hospital Clementino Fraga. Sobre o Chikumgunya, a diretora relatou que não houve notificação, mas a Secretaria de Saúde do Estado já programou um curso para os próximos dias.
A promotora Maria das Graças determinou que seja instaurado procedimento administrativo para acompanhar as medidas adotadas pelas entidades envolvidas na prevenção e combate aos Vírus Ebola e Chikumgunya e que seja encaminhado mensalmente à Promotoria de Justiça relatório de eventuais casos suspeitos e diagnosticados com desses dois tipos de vírus pelo Hospital Clementino Fraga.
A promotora determinou ainda que o Hospital Clementino Fraga apresente, no prazo de até 10 dias, uma cópia do plano de contingência e Protocolo de Atendimento de pacientes diagnosticados com o Ebola.