Promotoria realiza audiência para discutir fechamento de ala pediátrica da FAP, em Campina Grande

A Promotoria de Defesa dos Direitos da Saúde de Campina Grande realizou uma audiência, nesta segunda-feira (26), para discutir o possível fechamento da ala pediátrica da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), que atende em média 870 crianças mensalmente. A Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) vem anunciando que vai desativar a ala pediátrica por inviabilidade financeira e humana para mantê-la em funcionamento.

A audiência teve a participação dos promotores da Saúde e das fundações de Campina Grande, respectivamente Adriana Amorim de Lacerda e Lúcio Mendes Cavalcante, da secretária municipal de Saúde, Luzia Maria Pinto e dos diretores da FAP e do Hospital da Criança, Helder Macedo e Alana Tereza Borges Pinto e a médica Simone Fernandes Ramalho, como representante dos pediatras da cidade.

Uma das propostas levantadas por participantes da audiência seria a encampação da ala pediátrica da FAP pelo Hospital da Criança. Contudo, a secretária de Saúde, Luzia Maria Pinto, alegou dificuldades nos procedimentos licitatórios, de adaptação das instalações físicas daquela unidade hospitalar e falta de profissionais para o atendimento às crianças.

Já o diretor da FAP, Helder Macedo, alegou que um dos fatores levam a unidade a fechar a ala pediátrica é o custo elevado para cobrir os plantões médicos, agravado pela carência de profissionais da área pediátrica em Campina Grande. Ele justificou, por outro lado, que o objetivo central da diretoria é consolidar aquela Fundação em referência em Oncologia.

Apesar da questão continuar entravada, mesmo com a realização da audiência, a promotora Adriana Amorim de Lacerda revelou que é preciso quebrar as arestas do que classificou como "conflito de interesses", e que vai continuar lutando pela busca de uma solução para o problema. "O que não pode é deixar as crianças de Campina Grande sem atendimento", concluiu.