GT de Prevenção ao Suicídio discute projetos e ações
O Grupo de Trabalho de Prevenção ao Suicídio, coordenado pelo Ministério Público da Paraíba, discutiu na tarde desta quarta-feira (06/02) projetos de prevenção e de atendimento aos familiares de pessoas que tentam o suicídio. A reunião, ocorrida na sede do MPPB, foi presidida pela 2ª promotora de Justiça de Defesa da Saúde de João Pessoa, Jovana Tabosa.
Participaram representantes da Coordenação de Saúde Mental do Estado, do Corpo de Bombeiros, do Hospital de Trauma de João Pessoa, da Residência em Saúde Mental da UFPB, do Hospital da Unimed, do Hospital Nossa Senhora das Neves, do Hospital do Valentina, do Centro de Valorização da Vida e do Samu.
A coordenadora do projeto “Ressignificando vidas”, do Hospital de Trauma da Capital, Anne Michelle, relatou sobre um projeto desenvolvido no Instituto Médico Legal, no Rio de Janeiro, de apoio às famílias de pessoas que morrem por suicídio, por meio de uma equipe de psicólogos. Ela se propõe para que seja feito aqui em João Pessoa, alegando que poderia montar um plantão de psicólogos. A coordenadora se comprometeu a trazer informações detalhadas na próxima reunião.
A superintendente adjunta do Instituto de Polícia Científica (IPC), Susyara Medeiros, informou que declaração de óbito não consta o motivo de suicídio, pois se coloca a causa biológica da morte. Ela informou ainda que muitas vezes a confirmação de que houve suicídio só ocorre após investigação, por isso não é possível colocar na declaração de óbito. Também disse que são repassadas as estatísticas para a Secretaria.
A promotora Jovana Tabosa solicitou que o IPC traga, na próxima reunião, informações de como são repassadas as estatísticas para a Gerência de Vigilância Epidemiológica do Estado dos casos de mortes autoprovocada.
A assistente social da Unimed, Fátima Serrano, relatou que, como do Grupo de Trabalho, a Unimed criou um Protocolo de Segurança do Paciente para atendimentos às pessoas que tentam o suicídio e trabalho de prevenção. Ela falou que o projeto ainda está embrionário, sendo executado por uma equipe multidisciplinar. Conforme explicou, tudo começa no atendimento na urgência e, quando são informados pelo médico plantonista, a equipe comparece para trabalhar com esse paciente tentante e com a família. Após a alta, os pacientes são encaminhado a rede credenciada e a promoção da saúde.
O representante do Corpo de Bombeiros disse que estão com um projeto de capacitação de bombeiros para atendimentos em casos de suicídio e que em abril já terá a primeira turma, contando com cerca de 20 alunos.