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Outubro rosa: Palestrantes destacam importância da detecção precoce do câncer de mama

Somente a detecção precoce, seguido do tratamento adequado, pode reduzir a mortalidade causada pelo câncer de mama. Isso foi destacado pelas palestrantes do webinário “Câncer de mama, um problema social”, realizado nesta sexta-feira (15/10). O evento faz parte da mobilização realizada pelo Ministério Público da Paraíba, por meio do Centro de Apoio Operacional da Saúde, cujo tema geral é “Mamografia de qualidade: não pode faltar. Não deve sobrar!”, que está sendo realizada dentro da programação da campanha internacional “Outubro Rosa”.

O webinário foi aberto pela coordenadora do CAO Saúde, promotora de Justiça Fabiana Lobo, que ressaltou a importância do tema que traz uma série de desafios sociais. A promotora falou ainda sobre a campanha que o MPPB está promovendo dentro do Outubro Rosa e que o evento faz parte de uma série de medidas adotadas pela instituição.

 

Fatores e sintomas

A primeira palestra do webinário foi ministrada pela presidenta da Sociedade Brasileira de Mastologia/Regional PB, Lakymê Angelo Mangueira Porto. Ela explicou que o câncer de mama é um problema social por se tratar de uma doença global, sendo o câncer mais frequente entre as mulheres com previsão de mais de 68 mil novos casos em 2021.

Ainda conforme a médica, o câncer de mama é o que mais mata entre as mulheres, tendo sido registrados 18.068 óbitos em 2019, no Brasil. Ela falou ainda que se trata de uma doença grave que se configura como problema de saúde pública.

Na palestra, a médica informou ainda que o câncer de mama é uma doença multifatorial, tendo causas externas (comportamentos, hábitos, ambiente) e internas (hormonais, imunológicas, genéticas).

A palestrante ainda destacou a importância do diagnóstico precoce feito através da mamografia porque é capaz de detectar a doença nos estágios iniciais, aumentando as chances de cura. Ela informou que muitas mulheres continuam morrendo porque o diagnóstico tem sido feito de forma tardia. Para o diagnóstico precoce é necessário fazer a mamografia de rastreamento e a busca ativa das mulheres.  

Ela apontou a necessidade de fazer a mamografia anual já a partir dos 40 anos, porque a redução da mortalidade é de 15%. 

 

Detecção

A mastologista e representante da ONG Amigos do Peito, Eulina Helena Ramalho de Souza, ministrou a segunda palestra destacando os desafios da prevenção. Segundo a palestrante, como o câncer de mama é uma doença complexa com várias causas, não existe uma ação que previna a doença diretamente. Alguns fatores de risco podem ser mudados, como a prática de exercícios físicos para adequado índice de massa corporal (IMC).

O principal, segundo a mastologista, é a prevenção secundária que se faz através da detecção precoce da doença. Para tanto, é necessário cobrir 70% da população potencialmente atingida com exames capazes de descobrir pequenas lesões na mama. Ela ainda ressaltou a importância da mamografia de qualidade. A palestrante ainda falou sobre a importância da atenção básica, pois é nela que se requisita a mamografia, e também do exame clínico nas unidades básicas de saúde. 

Outro ponto abordado foi a necessidade da parte educativa para levar informações e conhecimento às mulheres e que isso deve ser feito na atenção primária, até como forma de desmistificar a ideia de dor causada pela mamografia. 

Ao final, a representante da ONG agradeceu a parceria com o Ministério Público que tem proporcionado avanço em diversas medidas.

 

Direitos

A última palestra teve como foco os direitos garantidos pela legislação brasileira e foi ministrada pela promotora de Justiça da Saúde de Campina Grande, Adriana Amorim de Lacerda. Ela iniciou a palestra falando sobre o Outubro Rosa como campanha realizada desde os anos 90 para prevenção e diagnóstico precoce, que tem como objetivo compartilhar informações sobre a doença. "A atenção constante ao risco de câncer de mama é decisiva para a promoção de um tratamento mais eficaz da doença". Ela abordou ainda a importância da detecção precoce através da mamografia.

A promotora destacou que são garantidos direitos à mamografia, à reconstrução mamária e benefícios assistenciais. Conforme a promotora, o SUS oferta atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama e que o controle passa pelo diagnóstico precoce na atenção primária. Ela ainda tratou sobre os exames que podem ser realizados (mamografia, ultrassonografia) e a necessidade de biópsia. 

Outro ponto da palestra foi a Lei nº 12.732/2012, que estabeleceu que o primeiro tratamento oncológico no SUS deve se iniciar no prazo máximo de 60 dias a partir da assinatura do laudo patológico ou em prazo menor conforme necessidade terapêutica do caso registrada no prontuário do paciente.

Foi destacado pela promotora que é a lei estabelece que, quando a principal hipótese diagnóstica seja a de neoplasia maligna, os exames necessários à elucidação devem ser realizados no prazo máximo de 30 dias, mediante solicitação fundamentada do médico responsável. Ainda foi abordado pela palestrante o problema causado pela pandemia de covid-19, que fez despencar a busca por mamografias no país. 

Para materializar os direitos à assistência à saúde, conforme a promotora Adriana Amorim, é necessário ampliar a resolutividade e cobertura da rede primária, ampliar e facilitar o acesso do cidadão aos serviços de saúde especializados, aumentar o protagonismo do cidadão nos cuidados com a própria saúde e melhorar a gestão do sistema de saúde.



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