CAO Saúde elabora e encaminha material sobre qualidade das imagens das mamografias
O Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Saúde do Ministério Público da Paraíba encaminhou aos promotores de Justiça que atuam na área, a título de apoio funcional, material referente à qualidade das imagens das mamografias realizadas pelos municípios. O material é composto por minutas de recomendação, termo de ajustamento de conduta e ação civil pública e pareceres do Conselho Regional de Medicina e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
O objetivo é que os municípios realizem as alterações contratuais necessárias com os prestadores de serviço que realizam exames mamográficos de forma que passem a entregar a documentação para todas as pacientes em filmes através de impressoras de alta resolução, utilizando-se películas específicas, sem nenhum tipo de redução da imagem.
Segundo a coordenadora do CAO Saúde, promotora Fabiana Lobo, em reunião realizada no último dia 7 com a ONG Amigos do Peito, foi relatado que as mulheres chegam cada vez mais com tumores expostos e avançados, em geral, pela falta de detecção precoce.
De acordo com informações coletadas pelo CAO Saúde municípios paraibanos estão contratando prestadores de serviço que entregam os resultados dos exames mamográficos em mídias digitais (DVD, HD, CD, dentre outros), que impossibilitam a leitura adequada, haja vista que, conforme pontuado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), a maioria dos médicos solicitantes não possui, sobretudo no SUS, computadores com monitores de alta resolução necessários para interpretação adequada das imagens enviadas em mídias de armazenamento digital.
Conforme explicou Fabiana Lobo, o CRM-PB recomenda que a documentação para todas as pacientes dos exames de mamografia seja feita em filmes através de impressoras de alta resolução, utilizando-se películas específicas, sem nenhum tipo de redução da imagem.
“Em razão disso, elaboramos as minutas para que os municípios façam alteração ou rescisão contratual, caso a empresa não entregue os exames conforme recomendado pelo CRM-PB, pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pelo Conselho Brasileiro de Mastologia e Diagnóstico por Imagem”, declarou a coordenadora.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, respondendo por 29% dos casos novos a cada ano. A mamografia anual de rastreamento (mulheres sem sintomas) entra como instrumento essencial para a detecção precoce da doença, gerando a redução da mortalidade pela doença, diminuição dos traumas físicos (tratamento em fases mais precoces), garantido maior sobrevida, arrefecimento dos traumas familiares e o menor custo para sociedade relacionado à perda de um indivíduo produtivo.
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