Fiscalização suspende procedimentos cirúrgicos de Clínica de Urgência de Ortopedia de João Pessoa
O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon) e a Promotoria de Justiça do Consumidor em conjunto com o Conselho Regional de Medicina, Crea, Vigilância Municipal de Saúde e Corpo de Bombeiros realizaram fiscalização na manhã desta quarta-feira (18) e suspenderam o recebimento de pacientes para qualquer procedimento cirúrgico da Clínica de Urgência de Ortopedia de João Pessoa (antigo Pronto Socorro de Fraturas) não até a regularização os procedimentos éticos exigidos pelos órgãos.
De acordo com o Gerente da Vigilância Sanitária Municipal, José Alberto, as UTIs Neonatal e CTI não têm condições necessárias para atender as necessidades que um paciente em estado crítico necessite. “Estamos suspendendo os atendimentos de novos pacientes e de qualquer procedimento que necessite de internação nas UTIs Neonatal e CTI, devido a situação crítica que encontramos nesses setores que ficam no Centro de Materiais Esterilizados, com relação a estrutura e funcionamento que implicam em risco ao paciente”, disse José Alberto explicando que os pacientes que estão internos nesses setores continuam, mas o hospital só receberá novos pacientes após regularizar todas essas pendências.
Já o diretor do Conselho Regional de Medicina, João Alberto, explicou que a Clínica de Ortopedia vem atuando com precariedades. Médicos estão atuando em vários setores e deixando de exercer a atividade específica, além de identificar falta de registro e de direção técnica do hospital junto ao Conselho. “O hospital está funcionando irregularmente, os serviços foram ampliados sem controle e sem autorização do conselho e da vigilância, além da razão social do hospital que além de atender a ortopedia está atendendo a outras especializações”, disse.
Na ocasião, o Corpo de Bombeiros interditou o terceiro pavimento que está em construção para que se coloque de imediato a rede de hidrante e o detector de fumaça que são fundamentais para que não haja nenhum acidente.
Segundo o promotor Glauberto Bezerra, a ação faz parte do Programa de Prevenção de Acidentes de Consumo, desenvolvido pelo MP-Procon. “Temos um programa de contenção à violência silenciosa. Violência não se comete só com arma de fogo, a violência silenciosa existe e causa transtorno ao consumidor, afetando sua vida diária e, muitas vezes, ele não percebe”, disse.
Participaram da fiscalização o diretor-geral do MP-Procon, Glauberto Bezerra, fiscais do MP-Procon, a Gerência de Vigilância Sanitária de João Pessoa, os Conselhos Regionais de Medicina, Farmácia, Odontologia, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil.