Começa na segunda-feira 2ª fase do curso para grupos reflexivos de homens

O Ministério Público da Paraíba realiza, a partir desta segunda-feira (7/4) a segunda fase do curso de capacitação do projeto 'Refletir', que prevê a criação de grupos reflexivos de homens envolvidos em violência doméstica. A ideia é trabalhar com o autor da agressão para que ela não reincida, abandonando o comportamento violento. A procura pelo curso superou a expectativa da organização, pois houve 27 inscritos (dois a mais do que a oferta inicial) e outros cinco ainda ficaram na lista de espera.

Segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Cidadania e Direitos Fundamentais, promotora de Justiça Elaine Pereira Alencar, a capacitação desta segunda fase foi definida para o grupo de até 25 pessoas em razão da metodologia que será aplicada (prática do grupo reflexivo, com oficinas passo a passo).

“Os pedidos de inscrições superam o número de vagas previstas. A grande procura é reflexo do interesse e da preocupação dos membros do MPPB em relação à temática. O número crescente dos crimes de violência doméstica e familiar contra mulher em nossa realidade exige de nós, Ministério Público, lançar mão de soluções outras além do processo criminal. O grupo reflexivo para homens se apresenta como uma importante ferramenta para enfrentamento dessa modalidade de violência”, afirmou a promotora.

A primeira fase da capacitação ocorreu no último mês de fevereiro. A iniciativa é realizada em outros Ministério Públicos do País e registra resultados muito positivos na redução dos números da reincidência.

A formação

A formação será nos turnos manhã e tarde e terá como palestrantes a assistente social Maria Ildérica de Castro Souza e a psicóloga Jackeline Leite da Costa Morais, servidoras do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência (Namvid) do Ministério Público do Rio Grande do Norte. O curso tem por objetivo capacitar os facilitadores, que são as pessoas que executarão diretamente os grupos reflexivos de homens em cada comarca.

Segundo Elaine Allencar, o promotor de Justiça que deseja implantar o Projeto Refletir em sua comarca deve indicar o nome de uma ou duas pessoas que funcionarão como facilitadoras. Essas pessoas podem ser servidores do Ministério Público, quando possível, ou vinculadas a outros órgãos de proteção à mulher vítima de violência, porém voluntários também podem ser executar a tarefa.