Projeto Refletir: Mais 14 homens processados na Lei Maria da Penha concluem atividades do 2º grupo reflexivo
Foi encerrada nessa quinta-feira (06/06) as oficinas do segundo grupo reflexivo para homens processados com base na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), em Campina Grande. As atividades, que fazem parte do “Projeto Refletir”, desenvolvido pelo Ministério Público da Paraíba, tiveram início no dia 12 de abril e foram executadas pela Promotoria de Justiça da Violência Doméstica do Município, tendo como facilitadores servidores do Núcleo Psicossocial do MPPB (Nups). Desta vez, 14 homens participaram do grupo, que tem o objetivo de evitar que reincidam na prática da violência contra mulheres.
A 30ª promotora de Justiça de Campina Grande, que atua na área da violência doméstica, Jamille Lemos Henriques Cavalcanti, avaliou os resultados do Refletir, em Campina. “As duas experiências foram muito exitosas e os resultados positivos nos estimulam a continuarmos com o projeto no segundo semestre. Avaliamos que o objetivo principal, que é evitar a reincidência da violência praticada por esses homens, através da reflexão, tem sido alcançado, a ponto de alguns deles já demonstrarem o desejo de serem multiplicadores da ideia”, disse.
Segundo a promotora, o primeiro grupo contou com a participação de oito homens. Então, com este, já foram alcançados 22, que têm processos na Vara de Violência Doméstica de Campina Grande, selecionados pela representante do MPPB, executora do projeto na cidade. Neste último grupo, foram realizadas oito encontros, durante os quais foram realizadas dinâmicas, apresentação de vídeos e discutidas questões de gênero. A participação dos homens servirá, a critério do Juiz da Vara de Violência Doméstica, como causa genérica de redução de pena.
Em Campina Grande, o projeto conta com a participação direta do Núcleo Psicossocial do MPPB, através das servidoras Rosângela Ferreira (psicóloga), Márcia Caiana e Joseilma Barbosa (assistentes sociais). O projeto também está servindo de campo de estágio para estudantes das áreas de Psicologia e Direito. De acordo com a promotora de Justiça, os estudante da área de Direito fazem parte do programa de estágio voluntário do MPPB em convênio com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Já os da área de Psicologia se engajaram no projeto a pedido da coordenação do curso mantido pela Uninassau.
