“Florescer mulheres” encerra quinto grupo operativo
O projeto Florescer Mulheres, executado pelo Ministério Público da Paraíba, em parceria do o Centro Universitário de João Pessoa, encerrou, nessa quinta-feira (14/11), o quinto grupo operativo, formado por oito mulheres. A atividade tem o objetivo de conscientizar e oferecer ajuda psicológica e jurídica a mulheres em relacionamentos abusivos para que possam romper o ciclo da violência.
A promotora Dulcerita Alves, gestora e executora do projeto desenvolvido em João Pessoa, disse que é sempre emocionante ver mulheres descobrindo a força que têm. “Esse projeto me deixa 'rica'.Uma riqueza que nenhum dinheiro paga. A riqueza de poder saber que estou ajudando outras mulheres. Ainda é pouco, mas tem resultados. Hoje, tivemos no grupo duas mulheres condenadas por tráfico de drogas, que tiveram como companheiros homens encarcerados”, explicou.
Dulcerita lembrou que outra participante foi vítima de violência doméstica e procurou o projeto espontaneamente (normalmente, a Promotoria convida mulheres que são vítimas em processos judiciais relacionados à Lei Maria da Penha) para se fortalecer. “Embora em situações diferenciadas, elas se ajudaram e não houve qualquer preconceito com as meninas que vieram como condenadas e elas disseram como se sentiram importantes e acolhidas”
Depois de participar das quatro oficinas, que lhes servirão de norte para quebrar o ciclo da violência, as mulheres que desejarem poderão ser encaminhadas aos cursos profissionalizantes. “Não precisamos esperar o dia 1º de janeiro para mudarmos nossas vidas. Todo dia pode ser um dia novo na vida de uma mulher”, ressaltou a promotora de Justiça.
Voto de aplauso
A deputada Camila Toscano acompanhou o encerramento do grupo. No mês passado, a parlamentar apresentou um requerimento, que foi aprovado, na Assembleia Legislativa da Paraíba, propondo um voto de aplauso às promotoras Elaine Alencar e Dulcerita Alves pela criação do “Florescer Mulheres”. Além das oito mulheres participantes, o encontro também contou com a participação da facilitadora do projeto, a professora de Psicologia do Unipê, Leda Maia.
Para saber mais sobre o serviço, as mulheres devem se dirigir ao CAO Cidadania e Direitos Fundamentais, que funciona na Avenida Almirante Barroso, 162, Centro de João Pessoa, de segunda à quinta-feira, das 12h às 18h, e na sexta-feira, das 7h às 13h, Informações também podem ser solicitadas através do telefone (83) 3221-1500 ou do e-mail