“Laço Branco”: CNMP e MPPB mobilizam homens pelo fim da violência contra a mulher
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abraçou a campanha do “Laço Branco”, que teve início no Canadá, após o conhecido ‘“Massacre de Montreal”. O dia ‘D’ da campanha é 6 de dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, mas a ação se estende durante os “16 Dias de Ativismo”, iniciado em 25 de novembro. O Ministério Público da Paraíba participou da interlocução para a adesão à campanha, que ocorre nas redes sociais do CNMP (@cnmpoficial), e está replicando-a no perfil @mppboficial.
A ideia surgiu durante uma reunião do Grupo de Trabalho de Igualdade de Gênero, Direitos LGBTQIA+ e Estado Laico do CNMP. Por causa da pandemia, ficou definido que as ações dos “16 Dias de Ativismo” seriam focadas nos meios eletrônicos, inclusive a “assinatura virtual do laço branco”. O GT é integrado por Dulcerita Alves, promotora de Justiça do MPPB, que atua na área de combate à violência doméstica em João Pessoa; Ana Teresa Silva de Freitas, promotora de Justiça do MPMA; Jacqueline Orofino da Silva Zago de Oliveira, promotora do MPTO; Chimelly Louise de Resenes Marcon, promotora do MPSC; Claudia Regina dos Santos Albuquerque Garcia, do MPES, e Érica Canuto de Oliveira Veras, do MPRN.
“O GT abraçou a ideia e, no MPPB, o procurador-geral de Justiça da Paraíba, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, também aderiu à mobilização. A ideia é atingir o maior número de pessoas, principalmente, de homens que se comprometam e deem visibilidade à luta pelo fim da violência de gênero. Para participar, as pessoas podem comentar nas postagens da campanha nos perfis institucionais, mostrando que apoiam a iniciativa e marcando outras pessoas. É um gesto simples e simbólico, mas que desperta a consciência para um tema de muita relevância social”, explicou Dulcerita Alves.
A campanha
De acordo com a Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG), que coordena a campanha do Laço Branco no Brasil, a ideia surgiu após o “Massacre de Montreal”. “No dia 6 de dezembro de 1989, um homem de 25 anos (Marc Lepine) entrou armado na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá. Em uma sala de aula, ele ordenou que os homens (aproximadamente 50) se retirassem. Assassinou 14 mulheres e depois saiu atirando pelos corredores e outras dependências da escola, gritando “Eu odeio as feministas”. Desta forma, ele matou 14 estudantes, todas mulheres. Feriu ainda 14 pessoas, das quais 10 eram mulheres. Depois suicidou-se”.
Assim, um grupo de homens canadenses decidiu iniciar essa mobilização pelo fim da violência contra mulheres e foi escolhido o laço branco como símbolo. Desde então, a campanha é feita em vários países do mundo. As atividades se concentram entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro, período que compreende a “Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”.
Baixe o card para o Instagram:
