Pesquisa sobre saúde mental: integrantes do MPPB podem ajudar a construir política permanente
Membros e servidores do Ministério Público da Paraíba estão sendo convidados a participar do diagnóstico sobre saúde mental que integra o projeto "Bem-Viver - Saúde Mental no Ministério Público", realizado pela Comissão da Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público (CES/CNMP). Dirigentes de órgãos do MPPB comprometeram-se a, num esforço conjunto, incentivar mais respondentes locais da pesquisa. O objetivo final é traçar um retrato da situação da unidade para que, a partir disso, se possa construir uma política permanente de saúde mental, considerada essencial para o bom funcionamento da instituição. Clique AQUI para participar.
Nesta quarta-feira (28/07), o procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, recebeu a visita dos conselheiros que integram a CES, a presidente Sandra Krieger e o membro auxiliar Marcelo de Oliveira Santos. Acompanharam a reunião, os procuradores Álvaro Gadelha Campos (corregedor-geral), Aristóteles de Santana Ferreira (ouvidor), Janete ismael (coordenadora do Bem-Estar) e os promotores Leonardo Quintans (presidente da APMP), Antonio Hortêncio Rocha Neto (secretário-geral), Francisco Bergson Formiga (assessor técnico) e Renata Luz.
Preconceito atrapalha
Sandra Krieger explicou como funciona o Projeto Bem Viver, que já tem como produtos um hotsite, a publicação de uma cartilha e o diagnóstico da situação no MP brasileiro. Ela também enfatizou a importância do tema ‘saúde mental’ ganhar a atenção da gestão, de membros e de servidores de todas as unidades do Ministério Público. “O objetivo é chamar a atenção para um problema sério e real que se agravou com a pandemia de covid-19”, disse.
Segundo ela, existe um preconceito e um desconhecimento em torno do tema, que leva pessoas a rotular sintomas da doença mental como “bobagem”. Se for mulher, ela lembrou, dizem que é TPM, histeria… e, se um homem estiver acometido, é sufocado pela cultura machista de que homem deve ser forte e aguentar tudo. “Queremos plantar uma semente, falando sobre o assunto para que as pessoas busquem ajuda”, explicou.
No caminho certo
O procurador-geral lembrou que, alguns minutos antes da visita, estava sendo instalado na instituição o Núcleo de Bem-Estar, que foi um passo no sentido de dar visibilidade à questão da saúde mental. Seráphico lembrou que uma das reflexões feitas é que se fala e se cobra muito dos integrantes do Ministério Público pela produtividade e eficiência, mas não se discute suficientemente sobre os mecanismos de ajuda para pessoas com sofrimentos psíquicos, estressadas, com fobias e outros males que as impedem, muitas vezes, de desempenharem suas atividades.
Tanto a procuradora Janete Ismael, coordenadora do Núcleo de Bem-Estar, quanto os demais membros do MPPB que participaram da reunião concordaram em empreender esforços para a divulgação, a partir do alcance dos órgãos os quais representam, ou seja: a Corregedoria-Geral, a Ouvidoria, o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), a Secretaria-Geral (Seger), a Ouvidoria e a Associação Paraibana do Ministério Público (APMP).
A pesquisa
O membro da CES, Marcelo Oliveira, destacou a necessidade do engajamento da unidade do MP estadual para que o diagnóstico contenha uma amostragem significativa local. O questionário fica à disposição dos membros e servidores até o dia 6 de agosto. A pesquisa foi desenvolvida para fixar as balizas da futura política nacional de atenção continuada à saúde mental dos integrantes da instituição. A ferramenta escolhida para a aplicação da pesquisa garante o anonimato dos respondentes. O tempo previsto para a resposta integral ao questionário é de 10 a 20 minutos.