Ativismo cidadão e medidas anticorrupção empresarial são discutidos em oficinas no HackFest 2017
A programação do Hackfest 2017 continuou, na tarde deste sábado (10), no Espaço Cultural José Lins do Rego, com a realização de duas oficinas que debateram temas como a corrupção empresarial, em pequenos e grandes negócios, e o ativismo cidadão, onde foram expostos problemas sociais e técnicos de João Pessoa, com projetos que buscam solucioná-los e transformar a Capital, junto com a população.
A primeira oficina foi conduzida pelos advogados e representantes da unidade do Sebrae em João Pessoa, João Peixoto Neto e Luana Almeida. Na oficina intitulada “Integridade empresarial”, os facilitadores apresentaram ao público um programa, pioneiro no Brasil, de combate à corrupção no meio empresarial, chamado “Empresa Íntegra”, desenvolvido em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
O programa, baseado na Lei Anticorrupção n0 12.841/2013, busca estabelecer medidas, nas empresas, contra fraudes e crimes que estejam ligados à corrupção. A advogada Luana Almeida destaca que o “Empresa Íntegra” é voltado especialmente às pequenas empresas, pois segundo ela “os pequenos negócios respondem por 99% da economia do país”.
Segundo João Peixoto Neto, o programa funciona “com a estruturação de regras e normas internas para que as empresas possam aplicar na rotina”. Para ele, o programa é possível de ser implantado e é necessário “acabar com a ideia de que as ações [do programa] são difíceis de serem realizadas no cotidiano implantado”.
Ativismo cidadão
A outra oficina intitulada “Cidadania e controle social: como transformar a realidade em nossas cidades debateu assuntos voltados ao ativismo cidadão, que tem como objetivo buscar soluções para os problemas sociais, com ações para chamar a atenção do poder público, além de discutir propostas voltadas a cidade de João Pessoa.
O representante do movimento ‘João Pessoa que Queremos’ e um dos facilitadores da oficina, Henrique França, explica que é preciso ter um maior incentivo à população para participação das ações do poder público. “Transformar a cidade implica em transformar o cidadão. É preciso ter uma mudança de postura cidadã, de participação; saber que é papel nosso cuidar da cidade, ainda mais no momento em que a gente está mudando o nosso posicionamento, como o acesso aos dados da administração pública, que até um tempo atrás, nós não tínhamos”, afirma.
Além de Henrique França, a oficina teve como facilitadores Caio Henrique, do movimento ‘Cidade Bike’; Karine Oliveira, coordenadora do Instituto Soma Brasil; Maria Júlia Wotzik, da ONG ‘Nossas’, e Sérgio Aires, da ‘Rede Minha Jampa’.
Durante o debate, os facilitadores fizeram exposição dos projetos e movimentos em que atuam, a exemplo do ‘Cidade Bike’, tem como objetivo o fomento ao uso da bicicleta na Capital, e a ‘Rede Minha Jampa’ e o movimento ‘João Pessoa que Queremos’, esses dois últimos têm o objetivo de fiscalizar as esferas do poder público municipal, através dos dados disponíveis no Portal da Transparência.
