1ª eleição on-line da história do MPPB. Lurdélia Diniz: “Não faz parte da minha vida sonhar. Quero só ajudar”
A procuradora de Justiça Maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo está entre os quatro candidatos a ouvidor do Ministério Público da Paraíba para o biênio 2016/2017, na primeira eleição totalmente eletrônica da história da instituição, que acontece nesta quarta-feira (29), das 8h às 16h, quando os 217 membros do MPPB (promotores e procuradores de Justiça), aptos ao pleito, poderão votar de forma on-line (via computador ou celular, através da extranet - extranet.mppb.mp.br) de onde estiverem, sem precisar se deslocar para a sede da instituição, em João Pessoa.
Sobre a motivação que a levou a ser candidata a ouvidora do Ministério Público da Paraíba, a procuradora Lurdélia Diniz afirma: “A primeira coisa que me motiva é o fato de eu estar no Ministério público há 39 anos. Aos 25 anos de idade, eu já era Ministério Público. Então, eu acho que, quando você gosta, você ama sua profissão, você pode ser tudo ou pode ficar no seu canto quieto. Como eu sempre gostei de viver pra minha instituição, que é o Ministério Público, meu nome está como candidata”.
Ela ainda ressalta: “Foi aqui que eu me encontrei. Foi aqui que eu me fiz gente. Estou disposta a ser candidata a procuradora. Então, coloquei o meu nome. Estou a serviço a instituição. Acho que a pessoa que ama sua profissão faz isso. Eu não posso ser, querer só ser promotor de Justiça. Eu também não tenho sonho. Não faz parte da minha vida sonhar. Quero só ajudar. Se for, tudo bem, se não for...”.
Conforme o seu entendimento, o ouvidor, assim como o procurador-geral de Justiça e o corregedor-geral, dentro das duas atribuições, tem que ser um bom representante do Ministério Público. “Se a mim, como procurador-geral, acolher com amor e carinho os membros do Ministério Público, eu tenho que acolher, porque eu quis ser. Se é ouvidora, é você ter a certeza de que tem que acolher as pessoas, tem que demonstrar, prestar contas daquilo que está fazendo. Isso faz parte da Ouvidoria, sem negar nada e sem hora para trabalhar. Porque eu fiz um concurso para prestar serviços às pessoas. Quando você está em um cargo, tem que ser 24 horas Ministério Público”.
Lurdélia Diniz lembra a primeira ouvidora do Ministério Público: “Foi uma colega minha, Otanilza. Eu creio que ela foi uma das melhores ouvidoras – não querendo elogiar quem já morreu. Ela era muito competente. Depois veio o doutor Doriel, por duas vezes. Agora Marcus. Todos eles tiveram muito empenho em fazer o que hoje é a Ouvidoria”.
A cada ano que passa, conforme a procuradora candidata, vão surgindo novos desafios. “Se for preciso acrescer alguma coisa, é claro que, se eu for ouvidora, eu vou acrescer para o bem, nunca desmanchar o que já foi feito, mas acrescer no que for preciso. Não sei o futuro, mas se for preciso ampliar, vamos ampliar as ações da Ouvidoria. Temos que pensar nas pessoas que a gente tem que servir”, avalia.
Para ela, cabe ao ouvidor ser atuante. “Ele tem um assessor que vai selecionar, depois vai ler. Qualquer que seja a reclamação, qualquer que seja o pedido, temos a obrigação de responder, não podemos nos omitir. Muitas vezes é uma coisa que não está ao meu alcance, mas você tem que chamar a pessoa. Não é nada demais, as portas do Ministério Público estão abertas para gregos e troianos”.
Muitas vezes, no entendimento de Lurdélia Diniz, a Ouvidoria é tida pelas pessoas como uma corregedoria. “Ela não é. Ela é tida como gabinete do procurador-geral, o que também não é. Se ele não está entendendo isso, vem no meu gabinete se eu for eleita. Hoje vem no de Marcus. Temos que ter a responsabilidade de atender a essas pessoas”.
Maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo ingressou no Ministério Público da Paraíba como promotora substituta em Piancó, no interior paraibano, a 29 de agosto de 1977. Foi promovida a promotora de Justiça de 1º entrância em Juazeirinho, em 16 de abril de 1981. A 11 de março de 1983, entrou em exercício em Catolé do Rocha (de 2ª entrância), município paraibano localizado na Região do Alto Sertão do estado. Entrou em exercício na Promotoria de Justiça Criminal de Campina Grande (3ª entrância) em 19 de novembro de 1985. Já em 2 de junho de 2000, é promovida a procuradora de Justiça do MPPB.